Durante boa
parte da infância, a catarinense Vanessa Bencz se acostumou com as notas baixas
na escola, a dificuldade em se concentrar durante a aula, e o estigma de que
não conseguiria aprender nada. Se via perdida em meio às brincadeiras dos
colegas de classe, isolada em um canto da sala, às vezes reprovada com olhares
pelos professores. "Ninguém queria andar perto de mim. Diziam que a
burrice era contagiosa", afirma.
Vanessa demorou
para descobrir que sofria de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH) e a entender que era vítima de bullying. Hoje, jornalista formada, ela
conta a sua trajetória em forma de ficção no livro de história em quadrinhos "A
menina distraída".
Já na
adolescência, um professor de matemática a repreendeu diante de toda a classe
depois de flagrá-la desenhando em vez de fazer os exercícios. "Ele disse
que eu jamais seria uma desenhista, no máximo iria fazer cartaz de
supermercado."
Os pais
encaminharam Vanessa para uma psicóloga e aos poucos seu desempenho escolar
começou a melhorar. A psicóloga diagnosticou o transtorno de déficit de atenção
e passou a orientar Vanessa a como fazer seu cérebro funcionar "à sua
maneira". "Ela me explicou que se eu anotasse o que o professor
falava, dormisse 20 minutos à tarde e olhasse o que anotei em seguida,
conseguiria entender melhor", explica. "Meu problema era ficar olhando
para a janela."
fonte: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2014/10/chamada-de-burra-nos-tempos-de-escola-jovem-lanca-hq-sobre-bullying.html
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